domingo, 7 de dezembro de 2014

Agora no Wix


Consumo & Sustentabilidade mudou para o Wix.

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terça-feira, 26 de junho de 2012

Idéia luminosa

Tinha de compartilhar. A idéia é muito boa!

GreenUp Blog: Turning waste plastic bottles into solar bulbs: Providing interior lighting for the poor, one litre at a time.  by Lidija Grozdani ć     Photo courtesy of A Liter of Light.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Ideia bacana para multiplicar

Uma amiga minha vai fazer o aniversário de 1 aninho do seu filhinho e teve uma ideia muito bacana: convidou os amigos e parentes para a festa e, aproveitando o ensejo, para trazerem roupas que não usam mais e que gostariam de doar. Ela vai aproveitar o evento para fazer a arrecadação e encaminhar para pessoas que precisam.
Achei o máximo: afinal, não se trata só de um gesto nobre, de solidariedade, mas principalmente, uma ação educativa tanto para os pimpolhos dela como dos amiguinhos - e aos pais dos amiguinhos...
Já estou aderindo e na próxima festinha aqui em casa vamos fazer a nossa caixa de coleta.



terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Pesquisa sobre degradação de sacolas plásticas

Pesquisa do IPT sobre a degradação de materiais das sacolas de supermercado . Vejam:
http://agencia.fapesp.br/15146
Esta eu vou acompanhar...

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Ainda sobre as sacolas plásticas: os tons de cinza na bandeira verde

Interessante toda esta polêmica em razão das sacolas plásticas.
Primeiro porque não imaginava que ia dar tanta discussão, o que, no final, acabou sendo uma coisa boa: é fundamental que as pessoas se envolvam mesmo no debate, que se interessem e expressem o que pensam. Segundo porque, no meio de tanta conversa, foram surgindo questões e questionamentos que estão no centro do problema ambiental, como a própria "ecologização" da sociedade e como esse processo está se desenvolvendo. E, terceiro, porque é uma oportunidade boa para que a sociedade possa estabelecer uma crítica sobre isso, usar a contra-ideologia para fazer o debate evoluir e aprimorar futuros projetos para o tal "mundo sustentável".
Para ir um pouco além, é preciso voltar atrás para ver que a etapa de retirar a distribuição gratuita das sacolas plásticas em São Paulo está baseada um acordo entre o Estado de São Paulo e a Associação Paulista de Supermercados (Apas). Procurei na internet o texto do termo de acordo que foi assinado, mas não o encontrei. Portanto, se alguém o tiver, por favor, encaminhe para mim.
E o problema começa aqui. Como é que as pessoas podem compreender com clareza e certeza, algo que não tem total conhecimento? Se se trata de um ato que envolve o interesse de todos, por que só alguns podem ter acesso a ele? Mesmo que a maioria não esteja interessada em saber de todos os detalhes da negociação, há aqueles que querem saber, mas que terminam recebendo as informações "mastigadas", interpretadas por terceiros. Talvez a maioria das pessoas não esteja se importando com isso, mas certamente para alguns - e eu me incluo nesta lista -, o simples fato de não haver fácil acesso é algo que incomoda, que ressabia.
De qualquer modo, prosseguindo, pelo que tenho lido e visto nos canais de comunicação, este ato é um acordo que não tem força vinculante, ou seja, não obriga ninguém a fazer nada e funciona como uma espécie de forte "recomendação" para que não sejam distribuidas gratuitamente. Não é lei, no sentido estrito, ou seja, aquela obrigação que nasce de um processo legislativo; talvez seja até obrigatória, juridicamente, aos associados da Apas, mas, à falta de acesso ao texto do acordo, não é possível fazer uma afirmação categórica sobre o assunto.
Por outro lado, outro aspecto que me deixa um pouco duvidosa sobre esse acordo é o fato de que os supermercados não acharam nem um pouco ruim a medida e tem se valido disso para afirmar que estão contribuindo para a salvação do planeta. É claro que o fato de coincidir com os interesses dos supermercados não tira, por si só, o mérito da iniciativa, mas fico aqui pensando se a situação fosse diferente, por exemplo, se a adesão ocorreria sem protesto se fosse o caso de impor algum tributo verde ou algo que implicasse algum tipo de oneração. Ou seja, é fácil ser ecologicamente correto quando isso traz só benefícios.
Além disso, tem sido divulgado por aí que um alto percentual de consumidores concorda com a medida. Mas, em que termos os consumidores estão concordando? Com os benefícios ao meio ambiente? Com a eliminação da distribuição gratuita? Com o fato de que vão ter de comprar sacos plásticos para dispor seu lixo? Possivelmente a resposta não seguirá em um único sentido, mas isso acontece justamente porque o problema não é único, pontual. A solução de um problema, por estar dentro de uma realidade com diversos aspectos direta ou indiretamente conectados, implica o surgimento de outros, portanto, não se trata de simplesmente eliminar um único problema, mas de estar preparado também para os outros que advirão daquela solução.
Insisto, mais uma vez, na questão do lixo. Uma discussão sobre sacolas plásticas sem tratar do problema de como acondicionar o lixo nas casas é uma discussão parcial e, portanto, altamente sujeita a resultados equivocados. Que alternativas (viáveis, frise-se) estão sendo pensadas para a substituição das sacolas plásticas como saco de lixo? E, se o lixo se torna um problema de todos, pelo menos quando sai porta afora de nossas casas, onde está o Estado para oferecer soluções? E onde entramos nessa história para fazer o Estado cumprir o dever que ele assumiu e é pago para executar, que é promover a limpeza pública?
Não se trata, portanto, de ser contra. Mas de pensar criticamente, sem simplismos, e aceitar que problemas complexos exigem soluções igualmente complexas. Em matéria de meio ambiente, se olharmos bem de perto, há muito menos verde do que cinza: um cinza que se compõe da mistura de pequenos pontos pretos e brancos.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Açúcar, esse doce mal...

Notícia interessante a respeito das doenças relacionadas ao açúcar e a necessidade de sua regulação: http://agencia.fapesp.br/15121.
Vale conferir.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Sacolas plásticas: a polêmica tem que continuar!

Por conta do último post, tenho recebido vários comentários sobre o assunto das sacolas plásticas, o que me fez pensar em continuar comentando o assunto mais um pouco. Sinal de que, felizmente, a ironia sobre a sobra de conversa e a falta de assunto tem sentido: há ainda muito o que debater!
Começo fazendo uma reflexão sobre as soluções para um mundo com menos sacolas plásticas. Não há dúvida de que a natureza - e nós, que nela estamos - agradeceríamos muito se fosse possível nos livrar definitivamente, ou que, ao menos, dependessemos menos delas. Os prejuízos que este material tem no meio ambiente todos estão cansados de saber e de ver por aí.
Não discordo, portanto, do fato de que há um uso inadequado ou excessivo das mesmas e que isso precisa mudar. Mas, a pergunta é: como mudar?
Tenho recebido muitos comentários com referência à substituição das tradicionais sacolas plásticas por sacolas retornáveis, carrinhos de feira, de sacos de papel feitos com dobradura de jornal ou uso de um único saco de lixo onde pudessem ser concentrados todos os resíduos domésticos. Muita gente já mudou ou está conseguindo aos poucos se habituar a tais alternativas, o que sinaliza, num futuro próximo, alguma mudança quanto ao uso das sacolas plásticas.
No entanto, dois são os aspectos que me inquietam quando essas alternativas surgem como as mais viáveis para a disposição do lixo: será que isso vai impactar, de forma sensível, o meio ambiente? Será razoável atribuir exclusivamente aos consumidores a responsabilidade pela substituição das sacolas plásticas?
O impacto ambiental positivo da redução no uso das sacolas plásticas diz respeito à própria capacidade de transformação biofísica do ambiente: menos sacolas, menos poluição. No entanto, para que haja efeito sensível do ponto de vista material, é preciso que ocorra em taxas significativas, que modifiquem o ritmo produção/regeneração dos resíduos. Isso se conecta diretamente com o modo como agimos, já que, nesses termos, não basta a adesão de uma parcela da população mais preocupada com os problemas ambientais, é preciso que esse comportamento se torne hábito para a maioria das pessoas, o que implica se expandir às práticas cotidianas dos diversos segmentos sociais, dos ricos e dos pobres, dos esclarecidos e dos ignorantes, dos conscientes e dos alienados. Por mais que milhares ou alguns milhões de pessoas ajamos de forma ecologicamente correta, isso não significa que o meio ambiente vai responder a essa mudança, especialmente quando a possibilidade de agir de forma "ecologicamente incorreta" ainda esteja disponível e acessível a quem dela quiser recorrer. Portanto, enquanto houver sacolas plásticas e, especialmente, a preços módicos, o uso/não uso vai depender, em última análise, da escolha daquele que irá consumir.
Nesse sentido, vale lembrar que as sacolas plásticas não foram banidas completamente do mercado, mas apenas a sua "distribuição gratuita", o que possibilita, portanto, que se continue a consumi-las. Se o custo da sacola de plástico, por exemplo, for tal a ponto de valer mais a pena comprá-los dos supermercados do que comprar um saco de lixo oxibiodegradável, dificilmente o argumento ambiental vai conseguir emplacar junto àqueles que não estão dispostos a pagar mais para preservar o meio ambiente.
O uso da caixa de papelão - e o mesmo vale, guardadas as diferenças, para os sacos de papel - é uma alternativa que resolve o problema do transporte das mercadorias dos supermercados para casa, mas não soluciona o uso do saco plástico como lixo, que é uma prática comum no Brasil. É claro que parte do lixo que dispomos no ambiente pode ser descartada em caixas, aumentando a vida útil do papel e com menor impacto ambiental, por se tratar de matéria orgânica. Mas, por outro lado, há certos resíduos que não podemos dispor em caixas porque são líquidos ou perecem rapidamente e, nesse sentido, deve-se lembrar que o lixo das casas brasileiras é constituído em sua maior parte de resíduos orgânicos, ou seja, lixo que se decompõe rapidamente e deixa aquele resto líquido e mal cheiroso, altamente contaminante, o tal chorume.
Os sacos grandes, para reunir todo o lixo da casa num só lugar, também é uma alternativa que apresenta dificuldades de ser implementada porque em certas regiões do País, por conta do calor, o lixo não pode ficar aguardando dias para ser descartado. Além disso, precisam ter resistência para conter muitos quilos de lixo e não ceder quando forem arremessadas nos caminhões de coleta.
Se o problema é, como tem sido tratado nos meios de comunicação e na lei, como um problema ambiental, há outras possibilidades que também tem efeitos positivos para o meio ambiente, como a adoção de sacolas oxibiodegradáveis ou as de papel, a otimização do seu uso com a adoção de empacotadores treinados para acondicionar as compras nas sacolas, a orientação e a sensibilização para que a população utilize sacolas retornáveis ou, na impossibilidade, para que pratique o reuso das sacolas plásticas, cupons de desconto para quem não as utiliza... enfim, não só há inúmeras possibilidades de estimular a redução do uso das sacolas plásticas, mas também várias frentes que precisam ser enfrentadas para que algum resultado significativo possa acontecer, com um custo político e financeiro que nem sempre há interesse em assumir.
A discussão sobre as sacolas plásticas é um bom exemplo do quão extensivas são as ramificações da questão ambiental. Não envolve SÓ a ação dos consumidores, nem depende SÓ da atuação estatal, e muito menos se deve SÓ às práticas comerciais. É tudo tudo isso junto, entrelaçado, num todo, complexo e indissociável, onde causas, consequencias e interesses se misturam e se confundem, para a qual não há SÓ uma resposta, muito menos uma resposta fácil. Então, se é assim, que a polêmica continue!